quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Retratos na parede


Mexendo numas coisas, achei rastros de uma Ana que há muito tempo eu não via.
São textos, fotos, cheiros, enfim, coisas que fizeram parte de um momento da minha vida que não existe mais.
Uma veia aberta que pulsa em mim esquecida.

Engraçado como a gente envelhece e vai achando que a vida é como um filme.
Tem coisa que parece que não é a gente, mas personagem de cinema.
Tem amigo que virou figurante.
Tem cenário de novela de Manuel Carlos.
Tem diálogos que a gente não consegue esquecer,
tem outros que a gente não consegue lembrar.

Às vezes, eu queria ter 17 e viver tudo de novo.
às vezes eu queria vestir fantasia e ver o mundo de fora.
quase sempre eu queria ter dito ao meu pai que ele estava certo.

Minha vida se tornou um retrato de parede que ainda dói.
E o pior é que nem sempre me reconheço no retrato...

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