quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Compasso de Espera

É hoje: dia da minha ultra para descobrir se meu neném é menino ou menina.
Para falar a verdade, não estou nervosa (acho que o povo está mais curioso do que eu), mas é interessante pensar que poderei ser mãe de uma menina numa casa em que os meninos sempre foram reinantes. Até então, não tinha nenhuma Barbie perdida entre os Max Steel.

Fica aqui o registro da espera. É o último texto que vou escrever como leiga. Às cinco da tarde, já saberei se darei a luz a um menino ou a uma menina.

Já começo a receber sugestões. Se for menino, será Gabriel, mas se for menina, não tenho a menor ideia... Só não quero Ana Rafaela (rs).

Volto aqui amanhã para as novidades.

Vida passada a Limpo

Dia 4 foi meu aniversário. Fiz uma comemoração diferente: fui passear com os meninos no Rio, para visitar os pontos turísticos (uma promessa que meu pai me havia feito em criança, sem nunca conseguir cumprir). Dormimos em hotel, fomos a museus, almoçamos em lugares legais... Só faltou andar de helicóptero, mas isso eu combinei de fazer com o Johan no aniversário dele.

No dia 4 mesmo, não quis fazer nada. Só comprei um bolinho, mais para o Artur bater palminha e me cantar parabéns (o que é uma gracinha de ver, porque ele canta até o "É big, é big..."). Comemoração intimista, sem presentes, sem festa, só com os meus amores mais íntimos - mãe, filhos e marido. Foi ótimo. Amei.

É, 37 anos, terceiro filho, doutorado... Os meninos crescendo, Yuri fazendo vestibular e querendo ir embora pra São Paulo...

Cresci, virei mãe... Vida passada a limpo.

Vou dar meia volta, para recomeçar...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Meu silêncio...

E como eu postei um texto falando sobre mãe, aí vai um em homenagem para o meu pai. Hoje ouvi esta música e morri de saudade do Dadaia.
A ele, além da lembrança, meu amor eterno!!!!

Meu silêncio


Velho companheiro
Que saudade de você
Onde está você?
Choro nesse canto a tua ausência
Teu silêncio
E a distância que se fez
Tão grande
E levou você de vez daqui
Sabe, companheiro,
Algo em mim também morreu
Desapareceu
Junto com você
E hoje esse meu peito mutilado
Bate assim descompassado
Que saudade de você

Mãe!!!

Em fase gravídica, recebi este texto da minha amiga Cleinha. Como ando me sentindo mais mãe do que nunca, reproduzo-o abaixo para o deleite das minhas amigas, que se já não são mães e avós, certamente serão um dia.


"Mãe é aquele ser estranho, louco, capaz de heroísmos, dramas e breguices com a mesma fúria; paga mico, escreve carta para Papai Noel, se faz passar por fadinha do dente, coelho da páscoa, cuca, pede autógrafo para artistas deploráveis. Assiste a programas, peças, shows horríveis, revê milhares de vezes os mesmos desenhos animados, conta as mesmas histórias centenas de vezes, vai pra Disney e A D O R A!
Mãe faz escândalo, tira satisfação com professor, berra em público, dá vexame, deixa a gente sem graça, compra briga; é espaçosa, barulhenta, tendenciosa, leoa, tiete, dona da gente. Mãe desperta extremos,ganas, irrita, enlouquece, mas... É mãe.
Mãe faz promessa, prestação, hora extra, pra que a gente tenha o que é preciso e o que sonha. Mãe surta, passa dos limites, às vezes até bate, diz coisas duras; mãe pede desculpas, mortificada... Mãe é um bicho doido, louco pela cria. Mãe é Visceral!
Mãe chora em apresentação de balé, em competição de natação, quando a filha menstrua pela primeira vez, quando dá o primeiro beijo, quando vê a filha apaixonada no casamento, no parto... Xinga todo e cada desgraçado que faz a filha sofrer, enlouquece esperando ela chegar da balada, arranca os cabelos diante da morte...Mãe é uma espécie esquisita que se alterna entre fada e bruxa com uma naturalidade espantosa. É competente no item culpa e insuperável no item ternura, mas pode ser virulenta, tem um lado B às vezes C, D, E...
Mãe é melosa, excessiva, obsessiva, repulsiva, comovente, histérica, mas não se é feliz sem uma. Mãe é contrato: irrevogável, vitalício e instransferível!
Mãe lê pensamento, tem premonição, sonhos estranhos. Conhece cara de choro, de gripe, de medo; entra sem bater, liga de madrugada, pede favor chato, palpita e implica com amigos, namorados, escolhas. Mãe dá a roupa do corpo, tempo, dinheiro, conselho, cuidado, proteção. Mãe dá um jeito, dá nó,dá bronca, dá força. Mãe cura cólica, porre, tristeza, pânico noturno, medos. Espanta monstros, pesadelos, bactérias mosquitos, perigos. Mãe tem intuição e é messiânica: Mãe salva. Mãe guarda tesouros, conta histórias e tece lembranças. Mãe é arquivo!
Mãe exagera, exaure, extrapola. Mãe transborda, inunda, transcende. Ama, desmama desarma, denota, manda, desmanda, desanda, demanda.
Rumina o passado, remói dores, dá o troco, adora uma cobrança e um perdão lacrimoso.
Mãe abriga, afaga, alisa, lambe, conhece as batidas do nosso coração, o toque dos nossos dedos, as cores do nosso olhar e ouve música quando a gente ri. Mãe tem coração de mãe!
Mãe é pedra no caminho, é rumo; é pedra no sapato, é rocha; é drama mexicano, tragédia grega e comédia italiana; é o maior dos clássicos;é colo, cadeira de balanço e divã de terapeuta... Mãe é madona-mia!
É deus-me-acuda; é graças-a-deus; é mãezinha-do-céu, é mãe é minha- e-eu- mato -quando- quiser; é a que padece no paraíso enquanto nos inferniza...
Mãe é absurda e inexoravelmente para sempre e é uma só: não há Mistério maior! Só cabe uma mãe na vida de uma filha(o)... e olhe lá! Às vezes, nem cabe inteira.
Mãe é imensurável!
Mãe é saudade instalada desde o instante em que descobrimos a morte. Mãe é eterna, não morre jamais. Bicho estranho, entranha, milagre, façanha, matriz, alma, carne viva, laço de sangue, flor da pele. Mãe é mãe, e faz cada coisa..."
(Texto de Hilda Lucas)

domingo, 9 de outubro de 2011

Grá-vi-da!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Pois é, é isso mesmo. Estou gávida, gravidíssima, gravidérrima, muito grávida. Daquelas chatas, de passar mal, ter pressão alta, cólica, cãibra, desejo... e muito sono, cansaço, desânimo e lombeira. Com certeza, ser mãe (ou ainda não ser, só fazer estágio para) é padecer no paraíso.

Esse negócio de paraíso é complicado. Tudo bem, eu adoro meus filhos e curto cada novidade do Tutu, que está descobrindo o mundo com seus 1 ano e 10 meses. Mas paraíso, paraíso mesmo, esse eu ainda não conheci não. Meus filhos são lindos, mas estou longe do paraíso.

Só para vocês terem ideia. Aqui em casa são 4 meninos, contando com o Rafa. O Yuri eu já tinha adotado faz tempo. Agora, ele está com 18 anos, estudando (?) para o vestibular, brigando com a balança e lutando para se livrar do vício dos jogos on line. Não me dá trabalho, é verdade, apesar da roupa jogada pelo quarto e dos eventuais sites hot que encontro na tela do pc. O único estresse é o de quando ele resolve educar o Johan. Nossa mãe, como que o bicho é brabo! Aí, sai de baixo: é briga, choro, muxoxo e tudo o mais.

O Johan é uma figura. Com 9 anos, ele está se achando. Bonito que só, lindinho mesmo. A onda do menino agora é a missa, que ele vai com o pai. Todo domingo ele é selecionado para ser Jesus nas encenações das crianças. Jesus Cristo superestar!!! Do jeito que ele gosta de falar e de aparecer, é a festa! As meninas devem babar no cabelinho estilo Bieber (que ele não me leia!!!). No mais, malcriações, notas baixas, castigos e a última tentativa: proibido de fazer futsal até melhorar de comportamento.

O Tutu, delícia, é a diversão da casa. Bagunceiro, arteiro, curioso, o garoto é uma brasa.É daqueles que tira a fralda e faz cocô no chao, rabisca tudo, rasga capa de livro, se pendura no vidro das mesas, joga bola dentro de casa e adora ver Backyardigans nas madrugas. A novidade é que aprendeu a contar até dez... em inglês!!!

Do Rafa eu não posso falar, ele não caberia no texto. Coitado do meu supermarido, está sofrendo um bocado com as minhas esquisitices e desvios hormonais. Ultimamente dei para enjoar do cheiro nele, o que é o fim dos tempos na cabeça dele. Seu vício agora é o Grépolis, que ele joga com o Brasil e com o Yuri, que fica no outro computador. Segundo o filósofo que eu tenho em casa, é o único vício que lhe resta já que a mulher não o quer e que ele não bebe, não fuma e não joga baralho.

À espera de um outro baby, ainda não consegui avistar o paraíso (a vista turva da enxaqueca constante que eu tenho sentido ainda não me deixou ver nada além da água no fundo do vaso sanitário). Mas uma coisa é certa: daqui a dez anos eu vou morrer de saudade desse momento, em que ainda deitamos juntos na cama e nos reunimos todos embolados no sofá de dois lugares para ver filme comendo pipoca.

Neném, seja bem-vindo (a). A gente já te ama!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Tears in Heaven

Gente, show da Shakira!!! Coitadinho do meu filho Johan! Ele queria tanto ver, os amigos da escola foram e ele chocou aqui no sofá. Chocou e chapou, acho que não viu nem a Ivete - muito rocambolesca num show que eu achei afetado demais.

Adorei o Leny Kravitz (é assim mesmo que escreve???) e aquela negra careca maravilhosa tocando com ela. Uau, que mulher bacana! Delícia ver gente legal fazendo coisa de qualidade, saindo da mesmice da moda, da mídia, da classe média pequeno-burguesa...

Cá entre nós, que sacais essas garotas do Multishow. Fala sério, como a TV está sem talentos novos. Que cobertura pobre! Que garotada verde! Que vozinhas chatas!!! Onde estão os fonoaudiólogos do Brasil que não ofereceram serviço ainda???

Agora, Shakira. Gosto dela. É bonita, sexy, inteligente, esperta. Eu acho, apesar de não curtir nem tudo o que ela produz.

André Martins, este show é para você e para a sua amiga Vanessa. Aonde quer que vc esteja, para mim a Shakira vai ser (sempre) uma maneira de lembrar de vc.

Saudade que fica de gente que vai.

Bandeira (Zeca Baleiro)

Eu tenho ouvido muito o Zeca Baleiro ultimamente. Eu sempre gostei dele, é verdade, mas nos últimos tempos a música dele tem feito a minha cabeça. É coisa de época. Na minha vida, já foram o Chico, o Djavan, o Nando Reis... agora é o Zeca que não sai do meu carro, me fazendo companhia nas minhas viagens doidas por essas estradas aí a fora.
Hoje, conversando com o meu produtor musical (beijo, Gu!!!), a gente ficou fazendo uma análise dos versos insólitos, da melodia, essas coisas.
Em homenagem às minhas sextas semióticas e ao meu período de férteis reflexões psicofisiossociológicas do eu comigo mesma agora e sempre, segue o Zeca...

Eu não quero ver você cuspindo ódio
Eu não quero ver você fumando ópio para sarar a dor
Eu não quero ver você chorar veneno
Não quero beber o teu café pequeno
Eu não quero isso seja lá o que isso for
Eu não quero aquele
Eu Não quero aquilo
Peixe na boca do crocodilo
Braço da Vênus de Milo acenando tchau

Não quero medir a altura do tombo
Nem passar agosto esperando setembro, se bem me lembro
O melhor futuro este hoje escuro
O maior desejo da boca é o beijo
Eu não quero ter o Tejo escorrendo das mãos
Quero a Guanabara, quero o Rio Nilo
Quero tudo, ter estrela, flor, estilo
Tua língua em meu mamilo água e sal

Nada tenho vez em quando tudo
Tudo quero mais ou menos quanto
Vida vida noves fora zero
Quero viver, quero ouvir, quero ver
(Se é assim quero sim, acho que vim pra te ver)

Uma pedra no meu caminho...

No meio do meu caminho, uma pedra...
Na verdade, muitas, mas só uma grande pedra, vermelha.
Pedregulho, pedreira.

No meio do caminho, um prédio de pedra.
Pedraria de caquinhos de vidro e diamante.
E eis que, vinte anos depois,
Está lá, (i)móvel, a pedra do meu caminho.

No meio do caminho, a pedra que se pensava morta,
minério pulsante, aorta.

Seixo,
Calhau,
Pedrada,
Pedreira,
Pedregulho,
Ardep...

A pedra, pedra, pedra
sempre no meio do meu caminho.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Rock'n'Rio (II)

Marido pulando no chão da sala cantando "Flores" em voz alta e sendo feliz. Imperdível...

Rock´n´Rio I

Estou eu aqui sentadinha no meu sofá confortavelmente assistindo à abertura do Rock´n´Rio. Confesso que por alguns momentos senti uma vontadinha de estar lá vendo o show dos Paralalamas com Titãs. Viajei na entrada do Freddie Mercury. Juro que tinha aquelas imagens na minha cabeça lá do distante festival de 1985. Eu tinha 10 anos e não tinha idade para ir, mas acompanhei tudo pela TV e pela Dona Mary, a minha finézima-chiquérrima professora de inglês que foi e contou tudo para a minha turma da distante Escola Municipal Abrahão Jabour.
Envelheci. Envelhecemos. Todos. Quem é aquele senhorzinho de barba ali no palco? Gente, é o Barone? Uma rápida sensação de "que-bom-que-não-fui-só-eu-que-envelheci" me tomou... Egoísmo, eu sei, mas fazer o quê...
Agora o Johan chegou aqui do futebol cantando, pois ele também é fã do "Epitáfio". Ele faz parte de uma outra geração que também curte rock, ainda que pelas aulas de música. Talvez ele seja uma criança produto da mídia, que acompanha tudo pela TV, mas o fato é que ele está curtindo aqui, fazendo bagunça... O rock nunca vai morrer? Ele está curioso com o "Homem Primata", que ele não conhece. Uma amiga dele foi ver a Shakira e por isso não foi à escola hoje. É noite do Justin Bieber. Gente, é rock in Rio mesmo????
Rock in Rio... e um gostinho na boca de nostalgia, me lembrando dos outros festivais que eu acompanhei pela TV. O Rafa quer ir com o Tutu. Disse que vai apresentar o Guns pro menino. Deixa ele sonhar...
Enfim, mais uma vez eu cito o Veríssimo e digo "que bom que eu não estou lá". Pelo menos não na pipoca.
Vou ficando por aqui deitadinha, curtindo uma sonzeira da minha época. Volto na hora do Elton John.
(Gente, adoro MEU ERRO! Eu quis dizer, você não quis escutar...)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Por falar em Conto de Fadas...

Enquanto eu escrevia o texto anterior, me lembrei desta crônica de Veríssimo. É bem verdade que não conheço seu título, mas mesmo assim seu conteúdo vale a pena.Uma delícia!
Divirtam-se!



Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!

Doutorado a 1000 por hora...

Gente, é agora que eu vou sumir mesmo!!!! O Doutorado está frenético!!! Nunca li tanta coisa em tão pouco tempo. Nas duas últimas semanas eu devo ter lido pelo menos uns seis artigos, duas teses e dois livros. Sem contar as coisinhas picadas que a gente vai encontrando pelo caminho...

O curso da Leonor Werneck foi incrível. Abriu meus olhos para um tanto de coisa que eu ainda não tinha parado para pensar. Foi bom porque vi que não era tão peixe fora d´água. Às vezes o pessoal da minha turma é tão bom, tão preparado, tão atualizado, que eu tenho a sensação de ter parado na Era da Pedra Polida ou Lascada. Agora foi diferente. Eu já tinha dado conta de ler quase tudo do que ela falou. Ufa, que bom que eu estou virando gente grande!

No mais, estou cheia de coisas para escrever. Entrei na fase de querer ver a tese crescer, como filho na barriga da gente. Quero defender logo, virar doutora e ver se eu sossego um pouco para ficar mais tempo com os meus meninos. Esse lance de ser mulher contemporânea é muito louco, faz a gente querer dar conta de tudo bem. Mas nem sempre a gente consegue viver em Contos de Fadas, né?

Vou ficando por aqui. O capítulo da Ingedore sobre referenciação me espera...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sophia de Mello Breyner Andresen

Pudesse eu não ter laços nem limites
Oh vida de mil faces transbordantes
P'ra poder responder aos Teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes


Escorpiana de novembro, poetisa, cronista, mãe... como não me identificar com ela?
Sophia se despediu de nós em 2004, deixando uma obra que vale a pena ler e ouvir, principalmente na voz da Bethânia, naquele CD lindo "Dentro do mar tem rio".

Olha isso...

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.


Como diz o Rubem Alves: o que é que a Sophia de Mello Breyner Andresen queria dizer com o seu poema? Não sei. Só sei que o seu poema faz amor comigo.

Eu voltei...

Pois é, gente. Eu confesso: estava com preguiça do blog. Estava com preguiça do pc e da obrigatoriedade de trabalhar mais ainda em casa. Estava com prguiça da internet com suas mentiras frívolas e espetacularização das bobagens. Estava com preguiça de gente. Gente que mente sobre os outros. Gente que não sabe reconhecer que tem muito ainda a aprender da vida. Gente que ri na frente e que detona por trás. Gente vudu. Gente que é pedra, não é gente ainda. Não estava com vontade de escrever mais. Estava estranha, dando tilt. Um estranhamento das pessoas, um descrédito da possibilidade de amor nas relações humanas, enfim, um trem ruim.

Mas eu voltei. Voltei porque sou mais: Mãe, Mulher e Malfacini. Muita coisa para esse mar de marasmo, de ignorância e de vaidade. Voltei porque a minha estrela brilha, porque tenho um amor, porque eu sou muito mais do que algumas notas de real (se ainda fosse euro, hunf!). Voltei porque eu sou do tempo do Gorpo, e ainda acredito que o "bem vence o mal". Os blurghs passarão, eu passarinho!!!

A humanidade ainda tem quem a salve, eu acredito nisso. E como palavra a gente não rouba, eis que retomo as minhas, meu grito no escuro, no meio de uma multidão.

Sim, existe luz no fim do túnel e é a luz do Sol.

quinta-feira, 3 de março de 2011

I left my heart in VR

Eu me identifiquei muito com essa crônica do Mario Prata (postagem abaixo) porque também moro numa cidade em que motorista pára (uma ova para o acordo ortográfico) pro cachorro e não vê nada de mal nisso.

Aqui em Volta Redonda pedestre atravessa na faixa e o motorista respeita, independente de sinal. Ai do motorista que não pára, porque quando não é multado, é xingado por uma falange de velhinhos da terceira idade. Sim, VR é a capital internacional dos idosos, empatando somente com Copacabana!!!! Aqui tem velhinho na rua, nas praças, nas piscinas, no estádio, sempre se exercitando e com seus direitos gratuitos. Quando eu crescer, vou querer ser velhinha aqui para viajar de graça e desfilar em bloco de Carnaval. Quem sabe então eu não passo a acordar às 6h tão feliz como eles indo para a hidro ou para a Academia da Terceira Idade...

Volta Redonda também tem peculiaridades interessantes. Cachorro-quente é diferente de hot-dog. Cachorro-quente é o de festinha de criança e leva carne moída (!!!) no molho. Hot-dog é o que vende na rua (aquilo que nós cariocas chamamos de “Podrão”) e tem que vir regado de molho verde, uma mistura secreta de maionese, orégano, azeite e outras ervas. O negócio é uma bomba calórica deliciosa, não tem lanchonete ou restaurante que não sirva. Nunca vi em nenhum outro lugar. É iguaria gastronômica daqui.

O povo daqui também gosta de pizza frita, um negócio que parece um pastel metido-a-besta, com umas coisas dentro que imitam pizza. E tem também uma tal de palha italiana, um doce que leva chocolate e biscoito maisena. Nem sempre a aparência é sugestiva, mas o danado do troço é delicioso!

Já caí também numas armadilhas da linguagem do povo daqui, principalmente aquelas ligadas à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). “Estar no turno” é “trabalhar de zero-hora”, quer dizer, no turno que começa à meia-noite. “Piranhar” é passar o outro para trás. “Zeba” é o cara vacilão (não posso explicar como surgiu o termo zeba porque senão eu teria que me referir a uma maneira vulgar pela qual a vulva é chamada). E tudo aqui tem o sufixo –aço: Voltaço, maneiraço, legalzaço etc.

Mas o mais legal que aconteceu comigo foi com relação à minha antiga casa, o meu apartamentinho querido do Laranjal. Na frente da minha casa tinha uma fonte (o voltarredondense não usa o termo chafariz e até então eu não sabia o porquê disso). Eu, carioca da gema, achava feio dizer que morava perto da rodoviária da cidade, mas achava chique dar como ponto de referência da minha casa o chafariz. Eu não entendia a cara de surpresa e espanto que as pessoas faziam quando eu falava no lugar. Demorou um tempão para um aluno educado me dizer, nas palavras dele, que Chafariz era “um lugar onde moças não tão moças cobram para fazer sexo com os clientes”. O pior foi quando ele arrematou: “Professora, normalmente quem mora em frente ao Chafariz também trabalha lá!!!”. Gente, o povo então estava achando que eu era do babado!!!!

Enfim, Volta Redonda tem dessas coisas. Sinto saudade do Rio, é verdade, mas já não sei se deixo para trás a pizza frita com molho verde. Ah, só para fechar: aqui pode não ter praia, mas acho muito chique morar num lugar que ainda respeita o pedestre e o idoso!!!!

quarta-feira, 2 de março de 2011

O CACHORRO E O CRIADO-MUDO (Mario Prata)

ESTADO DE SP – 17-09-2001

Morar numa ilha tem uma porção de vantagens. Principalmente quando você olha pela janela e vê o Brasil lá do outro lado. Fica parecendo que a coisa não é com a gente. Tá sempre nublado para aquele lado.

Na semana passada eu olhava e pensava que não apenas o Brasil estava do lado de lá. Mas toda a América. Infelizmente sem os dois falos, as duas torres a menos. Mas não é sobre a simbólica decepação sexual que os irmãozinhos americanos sofreram que eu quero falar. Eu queria falar de outro tipo de paz que se sente vivendo ilhado. Queria dar um exemplo contundente. Até que o exemplo aconteceu ontem, na minha frente, diante do meu carro.

Vinha eu voltando do aeroporto Hercílio Luz (preciso descobrir quem foi esse cara. Aqui tudo é Hercílio e luz) por uma rua estreita, mas com aquelas zebras. Na calçada um cachorro esperando os carros pararem para ele atravessar a rua. Eis que o sujeito que vinha na minha direção parou o carro dele. Para o cachorro? Então eu parei o meu. E (pasmem!) o cachorro atravessou na faixa. Calmamente, sem olhar para os lados, sabendo que podia confiar. É isso: aqui os cachorros atravessam a rua na faixa. Eu fiquei tão espantado com aquilo que fiz um sinal de positivo para o motorista do outro lado. Aí foi ele que não entendeu meu gesto. Ou seja: é normal aqui. Acredite quem quiser.

Outra coisa que aconteceu aqui. Comprei um criado-mudo numa loja genial chamada Usina das Artes, que trabalha com madeira de demolição. Ontem abro o jornal Diário Catarinense (o mundo é diário, diz o slogan) e tem uma matéria sobre a tal loja. E vejo lá uma foto do meu criado-mudo. Com a seguinte legenda:
- Esta mesa-de-cabeceira foi batizada de "Mesa de Apoio Mario Prata". O famoso (sic) escritor paulista, que está residindo na Ilha, comprou uma igual para colocar os originais de seus livros.

Pronto, virei criado-mudo! Além de criado, mudo! E posso garantir que não são bem os meus originais que eu coloco ali nas gavetinhas ao lado da minha cama. Criado-mudo tem de tudo (né?), menos originais.

E eu fico a imaginar, como naquela propaganda da Cônsul: põe na Cônsul!, a mulher gritando para o marido: põe no Mario Prata.

Onde está a tesourinha? Tá no Mario Prata! Já limpou o Mario Prata hoje? Não se acha nada aqui no Mario Prata! Esse Mario Prata está a maior sujeira! E por aí vou eu de madeira reciclada e três gavetas.

Eu já era bolsinha. Se você entrar numa busca pela Internet com o meu nome vai cair numa fábrica de bolsas lá de Birigüi. Meu advogado não consegue acionar os caras porque sempre ri quando liga para lá e uma mocinha atende dizendo: Bolsas Mario Prata, bom dia! Ele cai na gargalhada.

Sou também uma sala de vídeo em Lins. Menos mal.

Quarenta anos de profissão para virar sala, bolsa e criado-mudo? Não que eu queira virar nome de praça, rua, ou teatro. Mesmo porque rua e praça só depois de morto. Isola. Bati três vezes aqui na madeira reciclada.

Bem, podia ser pior. Privada Mario Prata. Parafuso MP. Camisinha Pratinha. Óculos Mario Alberto. Não tinha os óculos Ronaldo?

Pois a vida aqui é assim. Cachorro atravessa na faixa e o cidadão aqui guarda as bugigangas ao lado da cama, dentro de mim.

Agora, cá entre nós, que o criado-mudo é lindo, isto é. E sei que tudo isso foi uma demonstração de carinho comigo. Aqui na ilha é assim. Paz e luz, diria um evangélico.

PS.: Fui olhar agora lá na Barsa quem foi o Hercílio Luz. Está escrito lá:
- Hercílio Luz, ponte. Ponte metálica construída em 1927, para ligar ao continente a cidade de Florianópolis, localizada na Ilha de Santa Catarina. Extensão: 820 m

Ela (Martha Medeiros)

Estava eu aqui tristinha, pensando num Carnaval sem viagem nem praia, quando me lembrei desta crônica da Martha. Para as minhas amigas que sabem quem é `ela` e como ´ela` é inconveniente, dedico este texto tão delicioso.

Ela

Se você não tem problemas com a sua, levante as mãos para o céu e pare agora mesmo de reclamar da vida. O que são algumas dívidas para pagar, um celular sempre sem bateria, um final de semana chuvoso? Chatices, mas dá-se um jeito. Nela não. Nela não dá-se um jeito. para eliminá-la, prometemos cortar bebidas alcoólicas, prometemos fazer mil abdominais por dia, mas ela não acusa o golpe, segue com sua saliência irritante. A gente caminha, corre, sobe escada, desce escada, vibra quando nosso intestino está bem regulado, cumprindo suas funções à perfeição, mas ela não se faz de rogada, mantém-se firme onde está. "Mantém-se firme" é força de expressão. Ela é tudo, menos firme. Você sabe de quem estou falando.

Ela é uma praga masculina e feminina. Os homens também sofrem, mas aprendem a conviver com ela: entregam os pontos e vão em frente, encarando a situação como uma contingência do destino. As mulheres, não. Mulheres são guerreiras, lutam com todas as armas que têm. Algumas ficam sem respirar para encolhê-la, chegam a ficar azuis. Outras vão para a mesa de cirurgia e ordenam que o médico sugue a desgraçada com umbigo e tudo. Mas passa-se um tempo e ela volta, a desaforada sempre volta.

Quem não tem a sua? Eu conto quem: umas poucas sortudas com menos de quinze anos. Umas poucas malucas que acordam, almoçam e jantam na academia. Algumas mais malucas ainda que não almoçam nem jantam. As que nasceram com crédito pré-aprovado com Deus. E aquelas que nunca engravidaram, é lógico.

As que ignoram totalmente sobre o que estou falando são poucas, não lotariam uma sala de cinema. Já as que sabem muito bem quem é a protagonista desta crônica (pois alojam a infeliz no próprio corpo) povoam o resto da cidade, estão por toda parte. Batas disfarçam, vestidinhos disfarçam, biquínis colocam tudo a perder.

Nem todas possuem enorme. Cruzes, não. Às vezes é apenas uma protuberância, uma coisinha de nada, na horizontal nem se repara. Aliás, mulheres acordam mais bem-humoradas do que os homens porque de manhã cedo somos todas magras. Todas tábuas. Todas retas. passam-se as primeiras horas, no entanto, e a lei da gravidade surge para dar bom dia. Lá se vai nosso humor.

Falam muito de celulite. Falam de seios, de traseiros, de rugas, de pés grandes, de falta de cintura, de caspa, de tornozelos grossos, de orelhas de abano, de narizes desproporcionais, de ombros caídos, de muita coisa caída. Temos uma possibilidade infinita de defeitos. Mas ela é que nos tira do prumo. Ela é que compromete nossa silhueta. Ela é que arrasa com nossa elegância. Ela. Nem ouso pronunciar seu nome. Você sabe bem quem. Se não sabe, sorte sua: é porque não tem."

Ai que saudade da Amélia...

Prometi para mim mesma que me cuidaria no ano novo, que trabalharia menos, que escreveria a tese, que namoraria mais e, até agora, meu 2011 não foi nada disso... estou trabalhando feito uma louca, sem tempo para ver as crianças, sem pique para namorar e o que é pior neste momento para uma mulher às vésperas dos 40 :engordando horrores!!!! Ai, meu Deus, como conciliar dieta com essa rotina frenética de trabalho???

Percebi que deveria ter mais tempo para mim, ir para a academia, para o clube. A vida ideal deve ser ter motorista, babá e cozinheira, daquela que sabe fazer salmão com molho de morango com trufas de fruta-de-conde. Enquanto as crianças estão na piscina a gente faz hidro. Na hora em que estão na escola a gente vai pro horário com o personal e para a depilação. À noite, enquanto fazem o trabalho com a explicadora, a gente toma um banho de sais na banheira e escolhe a camisola fatal para esperar o marido...

Voltando ao mundo real, sei que minha força é importante para a economia; que eu sou uma profissional de futuro; que 30% de mulheres como eu sustentam sozinhas os seus lares. Eu sei de tudo isso e não renego a importância da revolução sexual, mas o que eu queria mesmo, pelo menos nas férias, era ter um pouquinho o direito de ser Amélia...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O casamento da minha melhor amiga

A Déborah, minha grande amiga, vai se casar. Depois de ficar mais de 20 anos com um marido grosseiro que nem dava muita atenção para ela, minha amiga conheceu um cara legal, o Alessandro, que é tudo de bom. Além de gatíssimo e superapaixonado por ela, ele curte os filhos dela, adora a sogra e ainda foi capaz de fazer uma tatuagem linda em homenagem a minha amiga. Com um homem assim a gente tem que casar mesmo.

Estou muito feliz com essa data. No início, eu fiquei com medo quando ela me disse que iria oficilizar a união. Acho que fiquei com ciúme, com medo de perder a Deh, que vai morar longe para curtir o love. Hoje sei que o casamento é uma etapa conquistada, depois de uma longa história cheia de percalços. Enfim, é o happy-end que minha amiga tanto merece.

A Deh é uma pessoa que tem os olhos da cor do mar do Caribe e um sorriso sempre no rosto. Quando nova, largou o burburinho do Rio, formou-se na PUC e veio acompanhar o marido chato em Barra do Piraí. Aqui, teve dois meninos lindos e passou a viver para o lar e para as crianças, afastada de tudo e de todos a quem ela amava.

Na primeira virada da vida dela, minha heroína emagreceu 20 kg, fez plástica, ficou linda novamente e veio para Volta Redonda ainda casada com o ex. Estudou mais, virou artista plástica e cabeleireira, daquelas de mão cheia e que todo mundo ama. Nesse meio tempo, criou dois adolescentes sozinha, porque o então marido morava a 140 km e só via a família de 15 em 15 dias (ele não tinha saco de dirigir até em casa).O salão da Déborah, Salão Astral, é o mais legal de VR. Sempre tem boa música, mulheres poderosas que saem ainda mais lindas lá de dentro e muito, mas muito bom papo com as amigas. Muito melhor que ler "O Divã".

Com a capacidade criativa a 1000 e o amor a zero, minha amiga não estava feliz, embora só os mais íntimos percebessem. Foi aí que veio a segunda virada: o divórcio depois de 20 anos de casada. No início foi terrível, ninguém pode negar, mas a Deh deu a volta por cima e aprendeu a viver sozinha, quando os filhos se despediram para viver com o pai em Vitória. Nessa época, ela tatuou uma fênix enorme que vai da barriga até a periquita (isso mesmo!) e que ficou marcada como o símbolo maior da minha amiga: a capacidade de refazer-se das cinzas.

Agora, ela está feliz, amando loucamente, viajando com o love e - quer saber? - curtindo a distância dos meninos e a solteirice madura. Trocou de carro, concluiu a faculdade de Letras e já vai entrar na pós. A Deh casa no próximo sábado com direito a um lindo jantar, DJ e bênçao de um amigo. Vai casar de branco, mas curtíssimo, porque ela não só pode como deve.

Vou morrer de saudade, mas estarei na primeira fila na hora do "aceito".

Te amo, Deh. Seja MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUITO feliz, porque você merece.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Eu voltei... aqui é o meu lugar!!!

Gente, quanta coisa aconteceu nessas férias!!! Ai meu Deus, que saudade de bloggar!!!
Aninha Malfacini voltando à ativa...

De outubro para cá, muito aconteceu. Primeiro, resolvi abandonar o vai-e-vem do Rio e ficar só por perto de VR mesmo. Chorei, sofri. Não foi impensada a minha demissão do pH, mas optei por estar mais perto dos meus meninos, do Rafa e da minha mãe. Vou reduzir meus gastos, trabalhar a pé, comer em casa... Quem sabe dá até tempo de ir a uma academia. Há males que vêm para bem. Espero que seja este o meu caso...

E as minhas férias?? Que férias??? Caos total: mudança de casa, mudança de vida. Não tenho mais a minha cachorrinha (demos a Pet para o meu cunhado), mas optamos por um apê mais confortável, mais perto do trabalho, mais novo, mais bonito... Mais caro também, só que vale a pena no quesito custo-benefício.

Mudar deu uma melhora na auto-estima de todos. Tirando o Artur, que sentiu muita falta da Pet e do escurinho do quarto dele, todos ficaram melhor. O Yuri voltou a morar conosco e ajudou à beça na mudança. Enfim, foi ótimo, no fim das contas...

Só não teve descanso. Mudar me obrigou a arrumar as gavetas e jogar as coisas fora. Me obrigou a olhar para um passado que eu não queria ver e para um projeto de futuro que eu queria resgatar. Foi um período de introversão, de cuidar de menino 24 horas por dia. Depois de tudo, fevereiro chegou e eu estou um trapo, mas lá nofundo com uma alegria de dever quase 100% cumprido (ainda faltam as cortinas...rsrs).

2011 chegou também com uma coordenação pedagógica, um desafio para uma professora tão sala de aula como eu. Chegou com meu retorno ao CEBB e ao Curso Normal. Com o Sindicato dos Professores e com o desafio de otimizar a secretatia de Comunicação. São muitos desafios, é verdade, mas estou bem confiante de que as coisas têm tudo para dar certo.

Quanto a mim, continuo equilibrando pratos. Conciliar a esposa, a mãe e a profissional é um desafio dos maiores. Dar conta de tudo sozinha é impossível e por isso aprendi a valorizar cada ajuda, cada mão amiga estendida na minha direção. O que eu faria se não fossem minha mãe, sogra, cunhada e as fofas Lina e Joelma para me ajudar a tomar conta do Artur? E o que seria de mim sem o Super-Rafa, o marido sempre amigo, presente e severo quanto à minha péssima mania de não dizer nunca não para os outros???

Última: passei em quinto lugar no concurso da FAETEC. Com a prova de títulos, pode ser que eu seja convocada. É uma nova oportunidade que se abre... Fechei uma porta, abri novas janelas para deixar o ar fresco entrar.

Para fechar 2011 bem, além de saúde e das coisas que a gente sempre pede, só falta eu dar conta de continuar escrevendo a tese, para fechar 2012 com o Doutorado na mão.

Por ora, voltei a bloggar. Mais coisas eu conto com o tempo...