Eu tenho ouvido muito o Zeca Baleiro ultimamente. Eu sempre gostei dele, é verdade, mas nos últimos tempos a música dele tem feito a minha cabeça. É coisa de época. Na minha vida, já foram o Chico, o Djavan, o Nando Reis... agora é o Zeca que não sai do meu carro, me fazendo companhia nas minhas viagens doidas por essas estradas aí a fora.
Hoje, conversando com o meu produtor musical (beijo, Gu!!!), a gente ficou fazendo uma análise dos versos insólitos, da melodia, essas coisas.
Em homenagem às minhas sextas semióticas e ao meu período de férteis reflexões psicofisiossociológicas do eu comigo mesma agora e sempre, segue o Zeca...
Eu não quero ver você cuspindo ódio
Eu não quero ver você fumando ópio para sarar a dor
Eu não quero ver você chorar veneno
Não quero beber o teu café pequeno
Eu não quero isso seja lá o que isso for
Eu não quero aquele
Eu Não quero aquilo
Peixe na boca do crocodilo
Braço da Vênus de Milo acenando tchau
Não quero medir a altura do tombo
Nem passar agosto esperando setembro, se bem me lembro
O melhor futuro este hoje escuro
O maior desejo da boca é o beijo
Eu não quero ter o Tejo escorrendo das mãos
Quero a Guanabara, quero o Rio Nilo
Quero tudo, ter estrela, flor, estilo
Tua língua em meu mamilo água e sal
Nada tenho vez em quando tudo
Tudo quero mais ou menos quanto
Vida vida noves fora zero
Quero viver, quero ouvir, quero ver
(Se é assim quero sim, acho que vim pra te ver)
Nenhum comentário:
Postar um comentário