Acordo às 4 da manhã e dou mamar (no peito) para o Artur. Às quartas ainda levanto às 4 e 30 para ir para o Rio trabalhar. Saio de casa às 5 para estar lá às 9. Pego três horas de engarrafamento e só volto para casa às 11 da noite. Em outros dias, divido a minha manhã com um Johan escorregadio que não quer fazer seus trabalhos de casa e com uma Eni chorosa da pressão alta e das dores de coluna. Terça e sexta tem a Bá aqui em casa para cuidar de todos, mas nos outros dias estamos entregues à sorte, porque a filha da Marina internou pra ter bebê (logo, ficaram suspensas as faxinas até segunda ordem). Quem tem me ajudado a segurar a onda é o Super-Rafa, meu supermarido-amigo-namorado, que tem sido ninja para se desdobrar em tudo (Amor, nunca vou poder retribuir com palavras todo o carinho que você tem me dado...).
Estou dando, ainda, aula de Português, Literatura e Redação para o Ensino Médio. Como eu não trabalhava Literatura fazia um tempão, estou estudando tudo de novo. Agora, por exemplo, acabei de ler Clarissa (E. Veríssimo), estou relendo Senhora (José de Alencar) e ainda estou lendo um livro pro Doutorado (Desabrigo e outros trecos, do Antonio Fraga). A tese eu deixei um pouco de lado, junto com o projeto de escrever dois livros - o de Produção Textual e o de poemas e contos: não estou dando conta desses projetos.
Artur e Johan estão com problemas alimentares. O Tutu trocou de leite e tem sofrido para fazer cocô. O Johan, limpa-trilho, está comendo até as paredes e não tem saído do banheiro. Ambos entraram de dieta. A mãe precisa retomar a dela correndo...
O carro tem de licenciar. Falta fazer a vistoria do gás. Minha licença para dirigir venceu. Para renovar, vou ter de me matricular na autoescola de novo, fazer prova escrita e ainda pagar por outro exame de vista.
Na faculdade, estou corrigindo os TCCs dos meninos. Todos me mandaram tudo na última semana, mais de 500 páginas para ler. Semana que vem tem banca e os alunos estão desesperados. Aparecerão mais uns 10 trabalhos ainda na minha caixa de e-mails. Na minha casa ainda tem uns 3 pacotes de prova para corrigir, não consegui pegar nenhum.
Hoje não consegui ir para a aula do Doutorado porque não tinha com quem deixar o filho menor, já que minha mãe está passando mal e o Rafa foi trabalhar. O filho mais velho tem festa do melhor amigo para ir e, ainda, alguém tem de ir pegar às 10 p. m. O carro teve de ficar na revisão. Estou literalmente a pé.
Agora, Artur dorme. A loja de móveis me liga dizendo que talvez chegue hoje a mobília comprada há um mês. O atraso foi culpa do frete, que veio de Santa Catarina. Ainda devo ficar presa em casa esperando o montador, para o quarto da Eni finalmente ficar pronto. Tenho de tirar as caixas da mudança ainda fechadas para os móveis e homens entrarem. A casa vai ficar numa bagunça ainda maior.
Na pia, a pilha de louças me olha enquanto digito meu texto... E ainda teve gente que me perguntou por que escolhi o nome Equilibradora de Pratos...
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